O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
Lucas 16.19-31. INTRODUÇÃO
O Estado Intermediário representa um lugar espiritual fixo onde as almas eosespíritosdos mortos aguardam a ressurreição de seus corpos, para apresentarem-se, posteriormente, perante o Supremo Juiz. O futuro constitui uma grande expectação no coração de cada pessoa, trazendoinquietação e medo para muita gente. Precisam conhecer bemo que Deus lhesreservapara o futuro. E necessário que descansemos em Suas promessas, e tenhamosaconfiança que precisamos para não temeremos o futuro. Como existe uma diversidade de interpretações a respeito e, para evitar confusãodeidéias acerca do Estado Intermediário, devemos aclarar essa doutrina. I. A VIDA DEPOIS DA MORTE
São vários os argumentos que reforçam a doutrina bíblica sobre a vidaalém-túmulo.1. Argumento histórico. Se a questão da vida além-morteestivessefundamentada apenas em teorias e conjecturas filosóficas, ela já teriadesaparecido.Mas as provas da crença na imortalidade estão impressas na experiênciadahumanidade. 2. Argumento teleológico. Procura provar que a vida do ser humanotemumafinalidade além da própria vida física. Há algo que vai alémda matériadenossoscorpos, é a parte espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte e trouxeàluzavidaea incorrupção, estava, de fato, desfazendo a morte espiritual e concedendovidaeterna, a imortalidade (2Tm 1.10). A vida humana temuma finalidadesuperior,umarazão de ser, um desígnio
3. Argumento moral. Há um governador moral dentro de cadaserhumanochamado consciência que rege as suas ações. Sua existência dentrodoespíritohumano indica sua função interna, como um sensor moral, aliado à soberaniadivina.4. Argumento metafísico. Os elementos imateriais do ser humanodenunciamosentido metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementossãoindissolúveis; portanto, como evitar a realidade da vida além-morte? Éimpossível!Apalavra imortalidade no grego é athanasia e significa literalmente ausênciademorte.No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1Tm1.17).Ele é a Fonte de vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, ocrentepossui imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2Tm1.8-12).II. O QUE NÃO É ESTADO INTERMEDIÁRIO1. Não é Purgatório. Heresia lançada pelos católicos romanos paraidentificaro Sheol-Hades como lugar de prova, ou de segunda oportunidade, paraasalmasdaquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para galgaremocéu.Declara a doutrina romana que é uma forma desses mortos seremprovadosesubmetidos a um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina nãotembasenaBíblia e é feita sobre premissas falsas. Se o Purgatório fosse uma realidade, entãoaobra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir sua salvaçãoeterna,precisa garanti-la em vida física. Depois da morte, só resta a ressurreição. 2. Não é o Limbus Patrum. O vocábulo limbus significa borda, orla. Aidéiaéparalela ao Purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar umlugarnaorla ou na borda do inferno, onde as almas dos antigos santos ficavamatéaressurreição. Ensina ainda essa igreja que o limbus patrum(pais) eraaquelaorladoinferno onde Cristo desceu após sua morte na cruz, para libertar os pais(santosdoAntigo Testamento) do seu confinamento temporário e levá-los emtriunfoparaocéu.Identificam “o seio de Abraão” como sendo o limbus patrum(Lc 16.23). Mas,o
limbus patrum não tem apoio bíblico, e nem existe uma orla para os pais(santosantigos). 3. Não é o Limbus Infantus. A palavra infantus refere-se àcrianças.Nadoutrina romana, havia no Sheol-Hades um lugar especial de habitaçãodasalmasdetodas as crianças não batizadas. Segundo essa doutrina, nenhumacriançanãobatizada pode entrar no céu. Por outro lado, é inaceitável a idéiadolimbusinfantus como um lugar de prova, também, para crianças. 4. Não é um estado para reencarnações. Não é umlugar demigraçõeseperambulações espaciais. Os espíritas gostam de usar o texto de Lucas 16.22,23, para afirmaremqueosmortos podem ajudar os vivos. Mas Jesus, ao ensinar sobre o assunto, declarouqueera impossível que Lázaro ou algum outro que estivesse no Paraísosaíssedaquelelugar para entregar mensagem aos familiares do rico. Jesus disse que os vivostinham“a Lei e os Profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos nãopodiamsairdeseus lugares para se comunicarem com os vivos. Portanto, é uma fraudeafirmaressapossibilidade de comunicação com os mortos. Usam equivocadamenteJoão3.3paradefenderem a idéia da reencarnação. Vários textos bíblicos anulamessafalsadoutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31). III. O QUE É ESTADO INTERMEDIÁRIO1. É uma habitação espiritual fixa e temporal. Biblicamente, oEstadoIntermediário é um modo de existir entre a morte física e a ressurreiçãofinaldocorpo sepultado. No Antigo Testamento, esse lugar é identificado comoSheol(nohebraico), e no Novo Testamento como Hades (no grego). Os dois termosdizemrespeito ao reino da morte (Sl 18.5; 2Sm 22.5,6). É umlugar espiritual emqueasalmas e espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpossejamressuscitados, para a vida eterna ou para a perdição eterna. Eo estadodasalmase
espíritos, fora dos seus corpos, aguardando o tempo emque terãodecomparecerperante Deus. 2. E um lugar de consciência ativa e ação racional. SegundoJesusdescreveu esse lugar, o rico e Lázaro participam de uma conversaçãonoSheol-Hades,estando apenas em lados diferentes (Lc 16.19-31). O apóstolo Paulodescreve-o,noque tange aos salvos, como um lugar de comunhão como Senhor (2Co5.6-9; Fp1.23).A Bíblia denomina-o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão” ou“Paraíso”(Lc 16.22,25; 2Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para as almas eespíritosdosmortos, não haveria razão para Jesus identificá-lo comos nomes que deu. Damesmaforma, “o lugar de tormento” não teria razão de ser, se não houvesseconsciêncianaquele lugar. Rejeita-se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol-Hadeséumlugarde repouso inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos como “os quedormemnoSenhor” (1Co 15.6; 1Ts 4.13), e isto não refere-se a uma forma de dormir inconsciente,mas de repouso, de descanso. As atividades existentes no Sheol-Hades nãoimplicamque os mortos possam sair daquele lugar, mas que estão retidos até a ressurreiçãodeseus corpos para apresentarem-se perante o Senhor (Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59).IV. O SHEOL-HADES, ANTES E DEPOIS DOCALVÁRIO1. Antes do Calvário. O Sheol-Hades dividia-se emtrês partes distintas. Paraentender essa habitação provisória dos mortos, podemos ilustrá-lopor umcírculodividido em três partes. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada“Paraíso”,“seio de Abraão”, “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segundaéapartedosímpios, denominada “lugar de tormento” (Lc 16.23). A terceira fica entreadosjustose a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas”, “lugar de prisõeseternas”,“abismo” (Lc 16.26; 2Pe 2.4; Jd v.6). Nessa terceira parte foi aprisionadaumaclassede anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nosdiasdaGrande Tribulação (Ap 9.1-12). Não há qualquer possibilidade de contatocomessesespíritos caídos; habitantes do Poço do Abismo.
2. Depois do Calvário. Houve uma mudança dentro do mundodasalmaseespíritos dos mortos após o evento do Calvário. Quando Cristo enfrentouamorteeasepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no Sheol-Hades (Ef 4.9,10;Ap1.17,18). A parte do “Paraíso” foi trasladada para o terceiro céu, na presençadeDeus(2Co 12.2,4), separando-se completamente das “partes inferiores“ ondecontinuamosímpios mortos. Somente, os justos gozam dessa mudança emesperançapelodiafinalquando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre comoSenhor,numcorpo espiritual ressurreto. CONCLUSÃO
Essa doutrina bíblica fortalece a nossa fé ao dar-nos segurança acercadosmortosem Cristo, e é a garantia de que a vida humana tem umpropósito elevado, alémderenovar a nossa esperança de estar para sempre com o Senhor
O REINO MILENAR DE CRISTO Zc 14.9; Ap 20.1-7. INTRODUÇÃO A volta pessoal e visível de Cristo ...
CONFIRAA GRANDE TRIBULAÇÃO Lucas 21.28-31; 1 Tessalonicenses 5.1-4,9; Mt 24.21. INTRODUÇÃO Na sequê...
CONFIRAAS BODAS DO CORDEIRO Mateus 25.1-12; Ap 19.7 INTRODUÇÃO A Igreja, glorificada e coroada no céu...
CONFIRATRIBUNAL DE CRISTO 2 Coríntios 5.1-10; Apocalipse 19.9; Mateus 25.10. INTRODUÇÃO O tribunal de...
CONFIRAO ARREBATAMENTO DA IGREJA 1 Tessalonicenses 4.13-18. INTRODUÇÃO A certeza do arrebatamento da I...
CONFIRAISRAEL, O RELÓGIO ESCATOLÓGICO DE DEUS Ezequiel 37.1-12. INTRODUÇÃO Israel é o relógio divi...
CONFIRA