AS BODAS DO CORDEIRO
Mateus 25.1-12; Ap 19.7
INTRODUÇÃO
A Igreja, glorificada e coroada no céu, será definitivamente desposada pelogloriosoesposo, Jesus, o Cordeiro. Usando um princípio pedagógico, que recomenda“partirdoconhecido para o desconhecido”, Jesus utiliza a analogia do casamento paraapresentaroensino sobre a iminente vinda de Cristo a fim de buscar a Sua Igreja. Nãopodemosesquecer que o casamento do Oriente nos tempos bíblicos acontecia sobpadrõesecostumes culturais bastante diferentes dos que conhecemos na atualidade. AIgrejaéaesposa de Cristo porque está comprometida com Ele. Com base nesta verdademeditaremos na figura máxima da relação entre Cristo e sua Igreja. Veremoscomoeramas bodas no Oriente as condições espirituais da esposa, o tempo de realizaçãodasbodas,as suas características e o que representa para entendermos as bodas daIgrejadeCristo.A ceia das bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre CristoeSuaIgreja.E a figura do casamento, do esposo e a esposa, que aparece na Bíblia emváriaspassagens (Jo 3.29; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1 —22.7). OtextodeMateus25apresenta uma parábola de Jesus que retrata a história de umcasamento, equeoferecedupla interpretação: uma sobre Israel e outra a respeito da Igreja.
I. ANALOGIA CORRETA DA PARÁBOLA
1. Fundo histórico. Jesus ilustrou Seu ensino utilizando-se do costume oriental paraocasamento. Depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebraçãofestivado casamento. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidadesdo pai da noiva. Nos festejos noturnos, os convidados deviamsempre ter lâmpadasacesas. No caso da história de Jesus, o noivo atrasou. Os convidados deveriamestardevidamente preparados com azeite em suas vasilhas e nas lâmpadas. Qualquer
convidado sem lâmpada era considerado um estranho e não podia entrar nafesta. 2. Correntes de interpretação. A primeira interpretação diz que as virgens representamoremanescente judeu (144 mil) salvo no período da Grande Tribulação. Asegundadistingue os dois grupos como uma representação dos crentes salvos e doscrentesapenas nominais no seio da Igreja, quando da vinda de Cristo. A terceira interpretaasdezvirgens como um todo e, também, cada crente individualmente. 3. Quem são as dez virgens? (Mt 25.1). Não são dez pretendentes do esposo. Nemsãodez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo. São, na verdade, oscrentesindividualmente que compõem o corpo da Igreja (a esposa do Cordeiro). Onúmerodeznão tem um significado dogmático ou doutrinário e, sim, um sentido de inteireza. Representa a noiva na sua inteireza. Jesus via a Igreja como umtodo, o corpoinvisível
em toda a Terra (1Co 12.12,14,27). Ele via, também, a igreja local e visível, istoé, osmembros em particular. 4. Por que as palavras “esposo” e “esposa”? No Oriente, o noivado é tão sérioquantoocasamento. Na história bíblica a mulher comprometida em noivado era chamadaesposae,apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à mesmafidelidadecomo se estivesse casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19). A Igreja éaesposadeCristo porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9; 22.17)
II. AS CONDIÇÕES ESPIRITUAIS DA ESPOSA. (Mt 25.2-5)
1. Duas classes de crentes: os insensatos e os cautelosos. Essas duas classessãoumarealidade espiritual na Igreja de Cristo. São identificadas por Jesus como loucaseprudentes. As loucas representam os cristãos insensatos e alienados espiritualmente.Sãoaqueles cristãos que não agem racionalmente na sua vida de fé, por isso, nãosabemoque estão fazendo. As prudentes representam os cristãos cautelosos e previdentes, que mantêmumavidadevigilância e espiritualidade. 2. Ingredientes indispensáveis para estar nas bodas. Aquelas virgens tinhamvasilhaselâmpadas (Mt 25.7-9). Mas precisavam, na verdade, ter o principal elemento: oazeite.Asloucas não levaram azeite em suas vasilhas, mas as prudentes sim. Estavamdevidamente preparadas. Aquelas virgens tinham que ter vestidos brancos delinhofino(Ap 19.8), lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap 7.14). PrecisavamdecalçadosdoEvangelho da Paz (Is 52.7; Ef 6.15). Tinham que ter com elas vasilhas paraoazeite(Mt25.4: Ef 5.18) e o próprio azeite (Mt 25.3,4), que é símbolo do Espírito Santo.
III. O TEMPO DAS BODAS (Mt 25.6)
1. O sentido do clamor da meia-noite. O texto diz: “Mas à meia-noite, ouviu-seumclamor”(Mt 25.6). Que representa a meia-noite? É o tempo do clímax da esperançadaIgreja.Éofim e o princípio de um tempo (dia, dispensação, era). É a hora do silênciototal, quandotodos dormem. Pode ser a consumação ou princípio de um novo dia ou tempo. Nãoédifícil de estabelecer o tempo desse evento. Ele acontecerá entre o arrebatamentodaIgreja e a segunda fase da volta de Cristo à Terra. Ocorrerá, precisamente, logoapósojulgamento das obras dos crentes no tribunal de Cristo, visto que emAp 19.8, aesposaaparece vestida de linho fino que “são as justiças dos santos”. 2. O Dia de Cristo (Fp 1.10). Na linguagem escatológica a palavra “dia” é interpretada,literal ou figuradamente, dependendo do seu contexto. Dia pode, então, representarano,ou seja, um dia igual a um ano, conforme se percebe na profecia de Daniel capítulo9.Destacamos no contexto bíblico quatro dias (anos, tempos) históricos paraahumanidade:o “dia do homem” (1Co 4.3), que compreende o tempo da história da humanidade; oDiade Cristo (Fp 1.10), que diz respeito, especialmente, ao tempo de sete anos, nosquaisaIgreja estará no céu e, simultaneamente, ocorrerá na Terra a Grande Tribulação; oDiadoSenhor (1Ts 5.2), a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da GrandeTribulação,e durará mil anos (Milênio); e, finalmente, o Dia de Deus (2Pe 3.12,13), queéotempodoJuízo Final e da restauração de todas as coisas, o começo do Reino eterno. Neste estudo, o Dia de Cristo abrange três fatos escatológicos especiais, osquaissão:oencontro da Igreja com Cristo nas nuvens (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17); o tribunal deCristo (2Co 5.10; Fp 1.10; 2Co 1.14; Ef 5.27); e, as bodas do Cordeiro (Ap19.7).
IV. CARACTERÍSTICAS DAS BODAS
1. Lugar das bodas (Ap 19.1; 21.9). Pela ordem normal dos acontecimentosescatológicos,esse evento acontecerá no céu. Quando João declarou “ouvi no céu comoqueumagrande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia!”, ele identificou naturalmenteolugar. Alegria e triunfo pelas vitórias do Cordeiro são demonstradas e, a seguir, surgeanoiva do Cordeiro já glorificada, coroada e preparada para o glorioso casamento
Entendemos, então, que o céu é o lugar mais adequado para esse acontecimentoextraordinário. 2. Participantes das bodas. O casamento é de Cristo e a Igreja, mas os convidadossãomuitos. De acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da GrandeTribulaçãoeossantos do Antigo Testamento são os convidados especiais. Devemos ter cuidadonainterpretação desse evento para não confundirmos nem misturarmos os fatosqueenvolvem as bodas no céu e as bodas na Terra. No céu, as bodas são daIgrejaeoCordeiro (Ap 19.7-9). Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc14.16-24; Mt 25.1-13). A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra. Nocéu, somente a Igreja e seus convidados participarão. Na Terra, Israel estará esperandoqueoesposo venha convidá-lo a conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinandocomElenoperíodo milenial. CONCLUSÃO
No céu, os salvos receberão as recompensas (coroas) por suas obras feitasnaTerra,eas bodas do Cordeiro coroará a Igreja pela sua fidelidade a Cristo
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