3 – A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1 Coríntios 15.3,4,12-20. INTRODUÇÃO
A ressurreição dos mortos é obra específica de Deus, e diz respeito à revivificaçãodoscorpos físicos. Assim sendo, crer nela envolve a fé coma qual o crentemantémsuavida cristã. A doutrina da ressurreição se baseia essencialmente sobreofatodaressurreição de Cristo. O Mestre enfatizou e deu um sentido especial aessadoutrina(Jo 5.28,29), deixando claro que não haverá uma única, geral esimultânearessurreição para os mortos, e sim, que acontecerá emduas fases distintas:aressurreição dos justos e a dos ímpios. I. O QUE É RESSURREIÇÃO
1. Sentido original. Duas palavras gregas (anastasis e egeiró) definemotermoressurreição. Elas claramente indicam “tornar à vida”, “levantar-se”, “erguer-se”,“despertar”, “acordar”. 2. Sentido doutrinário. Ressurreição é a outorga da vida aoquehaviaseextinguido fisicamente. E o ato do levantamento daquilo que haviaestadonosepulcro. Várias vezes nos deparamos com a expressão “ressurreiçãodosmortos“ (1Co 15.12,13,21,42), que se refere a uma ressurreição geral, dejustoseímpios. Porém, quando se refere aos justos, a expressão no original érestritivaesetraduz por “ressurreição de entre os mortos”. A expressão “de entre os mortos”querdizer os mortos tirados do meio de outros mortos. II. CARÁTER GERAL DA RESSURREIÇÃO1. No Antigo Testamento. Vários personagens importantes da históriadoAntigoTestamento demonstraram sua confiança e crença na ressurreição. Abraãocrianaressurreição (Gn 22.5, Hb 11.17-19); (Jó 19.25-27); umdos filhos deCoré, cantor,salmodiava sobre a ressurreição (Sl 49.15); o profeta Isaías cria e profetizavasobrea
ressurreição (Is 26.19); Daniel, profeta e estadista, declarousuacrençanaressurreição (Dn 12.2,3); e Oséias, um profeta destacado emIsrael, fez omesmo(Os13.14). 2. No Novo Testamento. A doutrina da ressurreição foi declaradaeensinadaporJesus em seu ministério terrestre (Jo 5.28,29; 6.39,40,44,54; Lc 14.13,14; 20.35,36).Ensinada e reafirmada pelos apóstolos e os pais da Igreja primitiva(At 4.2).EmAtenas, na Grécia, Paulo pregou a Jesus Cristo e Sua ressurreição (At 17.18). Repetiuisso, também, para os filipenses (Fp 3.11), aos coríntios (1Co15.20),aostessalonicenses (1Ts 4.14-16), perante o governador Felix (At 24.15). OapóstoloJoão,não só relatou o ensino de Cristo sobre a ressurreição, mas ele mesmoensinousobreo assunto (Ap 20.4-6). 3. Alguns exemplos bíblicos de ressurreições literais. a) No Antigo Testamento. A história dramática da ressurreição dofilhodamulhersunamita através da oração do profeta Eliseu (2Rs 4.32-37). Há umcasoposteriormais impressionante. O profeta Eliseu já havia morrido e sido sepultado, eumgrupode moabitas, para fugir de uma perseguição inimiga, lançou o seumortonacovaonde estavam os restos mortais de Eliseu. Ao tocar os ossos do profetaomortoreviveu e se levantou sobre seus pés (2 Rs 13.20,21). b) No Novo Testamento. Os exemplos são numerosos, começandopeloministériopessoal de Jesus Cristo: a filha de Jairo (Mt 9.24,25); o filho de umaviúvadeNaim(Lc 7.13-15); seu amigo Lázaro, em Betânia, irmão de Maria e Marta(Jo11.43,44).Ele mesmo venceu a morte depois de três dias no sepulcro (Lc 24.6)e, paraconfirmar Sua vitória sobre a morte, alguns corpos de santos mortos anteriormente,ressuscitaram e foram vistos em Jerusalém (Mt 27.52,53). Mais tarde, entreosapóstolos, Pedro orou ao Senhor e fez reviver a Dorcas (At 9.37,40,41). III. TIPOS DE RESSURREIÇÃO
1. Nacional. É, em linguagem metafórica, a restauração e renovaçãodopovodeIsrael em termos políticos, materiais e espirituais (Dt 4.23-30; 28.62-64; Lv26.14-25;
Ez 11.17; 36.24; 37.21; Jr 24.6; Ez 36.24,28). O cumprimento cabal daprofeciarelativa à ressurreição nacional acontecerá na vinda pessoal do Messias, oSenhorJesus Cristo (Zc 14.1-5). 2. Espiritual. Refere-se também metaforicamente a umrenascimentoespiritualdos que, tendo estado mortos em delitos e pecados (Ef 2.1) foramvivificadosespiritualmente (Rm 6.4). Há, no entanto, um sentido literal dessa ressurreição,noque tange à ressurreição corporal. Porém, o aspecto físico da ressurreiçãodizrespeitoaos corpos levantados das sepulturas, os quais sofrerão uma metamorfose. Istoé:uma transformação do físico para o espiritual (1Co 15.52; 1Ts 4.13-17). 3. Física. Precisamos distinguir esse tipo de ressurreição sobdoisângulos:otemporal e o escatológico. No sentido temporal, temos o exemplodepessoasquemorreram, foram sepultadas, e pelo poder de Deus ressuscitaram; posteriormente,voltaram a morrer (2Rs 4.32-37; Mt 9.24,25). No sentido escatológico, tantoosjustosquanto os ímpios vão ressuscitar fisicamente. Os justos levantar-se-ãodosseussepulcros na vinda do Senhor (1Co 15.44,52; Jo 5.29). Os ímpios se levantarão,nãocom os santos, mas no fim de todas as coisas, no Juízo Final (Ap 20.11-15). IV. EXPLICANDO A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOSEADOSÍMPIOS
1. A primeira ressurreição. a) O tempo. Divide-se em três fases distintas. A primeira faserefere-seàressurreição de Cristo e de muitos santos do Antigo Testamento, identificadoscomoas “primícias dos mortos” (1Co 15.20; Mt 27.52,53); Jesus e aquelessantosressurretos são o primeiro molho de trigo colhido (Lv 23.10-12; 1Co15.23). Jesusfoio grão de trigo que caiu na terra, morreu, e produziu muito fruto (Jo12.24). Istoé:aquele grupo de pessoas de Mt 27.52,53 foi a primícia, o primeiro molho. Asegundafase refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo na era neotestamentária, aqualseefetuará no chamamento especial por ocasião da volta do Senhor Jesussobreasnuvens (1Co 15.51,52; 1Ts 4.14-17). A terceira fase da primeira ressurreiçãorefere-se
àqueles mortos no período da Grande Tribulação, os quais sãochamadosde“mártires da Grande Tribulação”. Refere-se ao restolho da ceifa, istoé, asrespigasdacolheita (Ap 6.9-11; 7.9-17; 14.1-5; 20.4,5). b) A natureza dos corpos ressurretos. Não importa como os corposforamsepultados, se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ouqueimados.Narealidade, os mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No casodosmortosemCristo, seus corpos serão transformados (1Co 15.35-38), iguais ao corporessurretodeCristo (Fp 3.21). 2. A segunda ressurreição. a) O tempo. Já sabemos que Jesus distinguiu duas ressurreições: adosjustoseados ímpios (Jo 5.28,29). Alguns intérpretes entendema ressurreiçãodosmortoscomo um só evento, num mesmo tempo. Declaram que a única distinçãoéque“unsressuscitam para a vida” e outros “para a perdição”. Entretanto, essateoriaélargamente refutada. Na verdade, o tempo da segunda ressurreição aconteceránofimde todas as coisas, após o período do Milênio na Terra, quando haveráoJuízoFinaldiante do Grande Trono Branco (Hb 4.13). b) A natureza dos corpos ressuscitados dos ímpios. Quanto à ressurreiçãooprocesso será o mesmo que o dos justos. Seus corpos terão todas as partículasfísicasreunidas e transformadas em corpos espirituais, mas semqualquerglória.Àsemelhança dos justos no Hades, as almas e espíritos se unirão aos seuscorpossepultados para serem julgados por suas obras (Ap 20.12; Dn 12.2). Nenhumaglória,nenhuma beleza, mas totalmente inglório, para que sejamprestadasascontasperante o Supremo Juiz (Hb 4.13; Rm 2.5,6; Hb 9.27). c) O estado final dos ímpios. Na verdade, os ímpios ressuscitarãoparauma“segunda morte”, Ap 21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento,masbanimento da presença de Deus (2Ts 1.9). Esse banimento implicaquetodososímpios serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), queardecontinuamente com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).
CONCLUSÃO
A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Suamorteeressurreição são a garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre amortefoicomglória, triunfo e poder
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